Eis o quarteto que
estrela o relatório: Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da
República, líder máximo do PT e hoje lobista; Antonio Palocci, ministro
da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma Rousseff, operador da
campanha presidencial de 2010 e hoje lobista; Erenice Guerra, ministra
da Casa Civil no segundo mandato de Lula, amiga de Dilma e hoje lobista;
e, por fim, Fernando Pimentel, ministro na primeira gestão Dilma,
também operador da campanha presidencial de 2010, hoje governador de
Minas Gerais. O Relatório 18.340, ao qual ÉPOCA teve acesso, foi enviado
à CPI do BNDES. As informações contidas nele ajudarão, também,
investigadores da Receita, da PF e do MP a avançar nas apurações dos
esquemas multimilionários descobertos nas três operações que sacodem o
Brasil: Lava Jato, Acrônimo e Zelotes. Essas investigações,
aparentemente díspares entre si, têm muito em comum. Envolvem políticos
da aliança que governa o país e grandes empresários. No caso da CPI do
BNDES, os parlamentares investigam as suspeitas de que os líderes
petistas tenham se locupletado com as operações de financiamento do
banco, sobretudo as que beneficiaram o cartel de empreiteiras do
petrolão.
Somente Lula tem em uma conta na Suíça, o equivalente a R$ 53 milhões de reais, um patrimônio incompatível para o salário de um ex-presidente e ex-metalúrgico. Vale lembrar que o salário presidencial de Luis Inácio Lula da Silva era de R$ 13,000,00 (Treze mil reais). No total Lula recebeu R$ 124.000,00 (cento e vinte e quatro mil reais) em 8 anos de governo. Como pode ter R$ 53 milhões em apenas uma conta? Ser palestrante não é capaz de somar essa quantia em 8 anos de trabalho.
Ao todo, foram examinadas as contas bancárias e as
aplicações financeiras de 103 pessoas e 188 empresas ligadas ao quarteto
petista. As operações somam – prepare-se – quase meio bilhão de reais.
Somente as transações envolvendo os quatro petistas representam cerca de
R$ 300 milhões. Palocci, por exemplo, movimentou na conta-corrente de
sua empresa de consultoria a quantia
de R$ 185 milhões. Trata-se da maior devassa já realizada nas contas de
pessoas que passaram pelo governo do PT. Há indícios de diversas
irregularidades. Vão de transações financeiras incompatíveis com o
patrimônio a saques em espécie, passando pela resistência em informar o
motivo de uma grande operação e a incapacidade de comprovar a origem
legal dos recursos.
O Coaf não faz juízo sobre as operações.
Somente relata movimentações financeiras suspeitas de acordo com a lei e
regras do mercado, como saques de dinheiro vivo na boca do caixa ou
depósitos de larga monta que não tenham explicação aparente. O Coaf
recebe essas informações diretamente dos bancos e corretoras.
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